Informações culturais de Santarém.

RIO AMAZONAS

O rios amazonas nasce no peru onde seu nome é Napo (Grande Falador). Ao longo de seu percurso pro oceano atlântico percorrendo 6.400km, o rio recebe pelo menos 17 nomes diferentes; pra nós, os principais são: Solimões, na fronteira do Brasil com o Peru e Amazonas, na fronteira do estado do Amazonas com o estado do Pará.

O primeiro nome do rio dado pelos nativos é Paranatinga (Paranã=rio/Tinga=amarelo). Acredita-se que o primeiro a navegar o rio amazonas tenha sido Pizón, um explorador espanhol a serviço da coroa Italiana em 1488, seu mapa descreve uma costa semelhante a costa de Belém, a ilha de Marajó até o Recife e ainda, um rio de aguas amareladas batizado com o nome de Marañón (Cajú).

O rio Amazonas é um rio novo, entre 12 e 20 mil anos em nosso território, ou seja, o rio ainda está construindo seu leito o que contribui para a sua coloração. A maior parte da água do rio vem do degelo dos glaciais na cordilheira dos Andes, o que faz com que a temperatura seja constante em 23 e 25 graus; outro aspecto é que o rio se forma acima de 3 mil metros e ganha velocidade ao chegar nas planícies abaixo, por isso sua velocidade é constante entre 6 e 12,5km/h na baixa e na alta, 15 e 22km/h. A sua acidez também é um fator único: 2,0 ou seja, quase básico, nem ácido e nem alcalino, o que faz com que sua bacia seja um berçário natural para as milhares de espécies de animais e plantas se reproduzirem e prosperar.

Só na bacia do rio amazonas, há mais de 1500 espécies de peixes comercializáveis, o que faz o rio ser chamado de rio mar.

Curiosidade:

A bacia do rio Amazonas tem 40 mil espécies de plantas, 300 espécies de mamíferos, 1 milhão e 300 mil espécies de aves.

O rio Amazonas percorre um total de 3.165km em território brasileiro. A esta distância somam-se ainda mais 196km em que o rio empurra o mar afora.

A parte mais estreita e a mais profunda do rio amazonas é em frente a cidade paraense de Óbidos, 2km de margem a margem e 217m de profundidade; e onde o rio passa em velocidade recorde de 35km. Esta parte do rio também é chamada de “Garganta do Rio”.

O estreito de Óbidos é onde Francisco de Orellana batizou o rio de “Rio das Amazonas” (+-1540) após ter sido surpreendido no meio de uma rigorosa tempestade e perder 8 embarcações num incêndio. Com medo de ser punido pelo rei da Itália por quem estava a serviço e era financiado, escreveu em seu diário que havia sido atacado pelas mitológicas índias guerreiras icamuabas com seus arcos e flechas de fogo no rio das amazonas… e assim perdendo as embarcações.

Todos os rios, direta ou indiretamente fluem para o amazonas, o que lhe confere também o apelido de rio mar ou espinha dorsal.

SANTARÉM

Santarém foi fundada em 22 de junho de 1661 pelo padre jesuíta João Philippe Bettendorff. É a segunda maior cidade do estado do Pará e a terceira de toda a Amazônia; estando a meio caminho de Manaus, o maior centro industrial da região, e Belém, a nossa capital e maior centro urbano.

Desde sempre, a cidade foi criada para ser um entreposto de abastecimento entre essas duas capitais; tanto Manaus quanto Belém dependem dos produtos de agricultura santarena. A cidade em está localizada a margem direita do rio tapajós bem na sua confluência com o rio Amazonas, e compreende uma área total de 24.000m2. A principal atividade econômica de Santarém é o comércio (compra e venda de bens de consumo); com agricultura e pecuária forte, nas últimas três décadas, o turismo vem crescendo exponencialmente.

O nome Santarém é derivado de uma uva italiana (Uva Santa Irene) trazida pelos portugueses a Portugal e da qual se faz o famoso e excelente vinho do porto. O sotaque fechado português e o sotaque dos nativos brasileiros não conseguiam separar as duas pronúncias e assim, logo o nome duplo passou a ser um só: Santarém.

A energia elétrica de Santarém é fornecida pela hidrelétrica de Curuá Una (curuá=água/una=preta); em 1977, e tem capacidade de gerar até 40mw. Esta foi construída com tecnologia distinta: camadas de pedras e areia, ao invés de barragem concretada.

Santarém faz parte de um complexo de sete cidades homônimas (mesmo nome), na região oeste de estado, instaladas na Amazônia para assegurar o domínio português nestas terras. Assim temos Santarém; Óbidos; Alenquer; Aveiro; Alter do Chão; Almerim; e Monte Alegre e mais outras 16 cidades em todo estado, incluindo, Santa Maria de Belém do Pará, nossa capital tornando nosso estado a maior colônia portuguesa no Brasil.

Curiosidade:

Se você tiver tido o privilégio de ter nascido em uma das cidades homônimas e viajar a Portugal, você pode requisitar um “passaporte comboio” para conhecer as 7 cidades naquele pais.

O PORTO

O porto de Santarém tem capacidade para operar até 300 toneladas de carga por dia e atrelado ao porto está a empresa Cargill, (companhia norte americana de exportação de alimentos), fazendo um total de 700 toneladas por dia em operações. O porto de Santarém também merece destaque por atracar nele, os navios de cruzeiro, vindo da américa central e também usando os nossos serviços turísticos.

Curiosidade:

 O porto fora construído sobre uma antiga aldeia Tapajó e ainda hoje se encontra muito artefato indígena em todo o seu entorno.

AVENIDA TAPAJÓS

A avenida Tapajós foi construída na década de 1970 pelos governo militar e faz a conexão entre a antiga Aldeia e a Praínha.

 

Curiosidade:

Toda a avenida e o cais de arrimo é um grande aterro e um dia pertenceu ao leito do rio Tapajós.