Informações culturais dos Passeios

Informações culturais de Santarém.

Rio Amazonas

O rios amazonas nasce no peru onde seu nome é Napo (Grande Falador). Ao longo de seu percurso pro oceano atlântico percorrendo 6.400km, o rio recebe pelo menos 17 nomes diferentes; pra nós, os principais são: Solimões, na fronteira do Brasil com o Peru e Amazonas, na fronteira do estado do Amazonas com o estado do Pará.

O primeiro nome do rio dado pelos nativos é Paranatinga (Paranã=rio/Tinga=amarelo). Acredita-se que o primeiro a navegar o rio amazonas tenha sido Pizón, um explorador espanhol a serviço da coroa Italiana em 1488, seu mapa descreve uma costa semelhante a costa de Belém, a ilha de Marajó até o Recife e ainda, um rio de aguas amareladas batizado com o nome de Marañón (Cajú).

O rio Amazonas é um rio novo, entre 12 e 20 mil anos em nosso território, ou seja, o rio ainda está construindo seu leito o que contribui para a sua coloração. A maior parte da água do rio vem do degelo dos glaciais na cordilheira dos Andes, o que faz com que a temperatura seja constante em 23 e 25 graus; outro aspecto é que o rio se forma acima de 3 mil metros e ganha velocidade ao chegar nas planícies abaixo, por isso sua velocidade é constante entre 6 e 12,5km/h na baixa e na alta, 15 e 22km/h. A sua acidez também é um fator único: 2,0 ou seja, quase básico, nem ácido e nem alcalino, o que faz com que sua bacia seja um berçário natural para as milhares de espécies de animais e plantas se reproduzirem e prosperar.

Só na bacia do rio amazonas, há mais de 1500 espécies de peixes comercializáveis, o que faz o rio ser chamado de rio mar.

 

Curiosidade:

A bacia do rio Amazonas tem 40 mil espécies de plantas, 300 espécies de mamíferos, 1 milhão e 300 mil espécies de aves.

O rio Amazonas percorre um total de 3.165km em território brasileiro. A esta distância somam-se ainda mais 196km em que o rio empurra o mar afora.

A parte mais estreita e a mais profunda do rio amazonas é em frente a cidade paraense de Óbidos, 2km de margem a margem e 217m de profundidade; e onde o rio passa em velocidade recorde de 35km. Esta parte do rio também é chamada de “Garganta do Rio”.

O estreito de Óbidos é onde Francisco de Orellana batizou o rio de “Rio das Amazonas” (+-1540) após ter sido surpreendido no meio de uma rigorosa tempestade e perder 8 embarcações num incêndio. Com medo de ser punido pelo rei da Itália por quem estava a serviço e era financiado, escreveu em seu diário que havia sido atacado pelas mitológicas índias guerreiras icamuabas com seus arcos e flechas de fogo no rio das amazonas… e assim perdendo as embarcações.

Todos os rios, direta ou indiretamente fluem para o amazonas, o que lhe confere também o apelido de rio mar ou espinha dorsal.

Santarém

Santarém foi fundada em 22 de junho de 1661 pelo padre jesuíta João Philippe Bettendorff. É a segunda maior cidade do estado do Pará e a terceira de toda a Amazônia; estando a meio caminho de Manaus, o maior centro industrial da região, e Belém, a nossa capital e maior centro urbano.

Desde sempre, a cidade foi criada para ser um entreposto de abastecimento entre essas duas capitais; tanto Manaus quanto Belém dependem dos produtos de agricultura santarena. A cidade em está localizada a margem direita do rio tapajós bem na sua confluência com o rio Amazonas, e compreende uma área total de 24.000m2. A principal atividade econômica de Santarém é o comércio (compra e venda de bens de consumo); com agricultura e pecuária forte, nas últimas três décadas, o turismo vem crescendo exponencialmente.

O nome Santarém é derivado de uma uva italiana (Uva Santa Irene) trazida pelos portugueses a Portugal e da qual se faz o famoso e excelente vinho do porto. O sotaque fechado português e o sotaque dos nativos brasileiros não conseguiam separar as duas pronúncias e assim, logo o nome duplo passou a ser um só: Santarém.

A energia elétrica de Santarém é fornecida pela hidrelétrica de Curuá Una (curuá=água/una=preta); em 1977, e tem capacidade de gerar até 40mw. Esta foi construída com tecnologia distinta: camadas de pedras e areia, ao invés de barragem concretada.

Santarém faz parte de um complexo de sete cidades homônimas (mesmo nome), na região oeste de estado, instaladas na Amazônia para assegurar o domínio português nestas terras. Assim temos Santarém; Óbidos; Alenquer; Aveiro; Alter do Chão; Almerim; e Monte Alegre e mais outras 16 cidades em todo estado, incluindo, Santa Maria de Belém do Pará, nossa capital tornando nosso estado a maior colônia portuguesa no Brasil.

Curiosidade:

Se você tiver tido o privilégio de ter nascido em uma das cidades homônimas e viajar a Portugal, você pode requisitar um “passaporte comboio” para conhecer as 7 cidades naquele pais.

O Porto

O porto de Santarém tem capacidade para operar até 300 toneladas de carga por dia e atrelado ao porto está a empresa Cargill, (companhia norte americana de exportação de alimentos), fazendo um total de 700 toneladas por dia em operações. O porto de Santarém também merece destaque por atracar nele, os navios de cruzeiro, vindo da américa central e também usando os nossos serviços turísticos.

Curiosidade:

 O porto fora construído sobre uma antiga aldeia Tapajó e ainda hoje se encontra muito artefato indígena em todo o seu entorno.

Avenida Tapajós

A avenida Tapajós foi construída na década de 1970 pelos governo militar e faz a conexão entre a antiga Aldeia e a Praínha.

Curiosidade:

Toda a avenida e o cais de arrimo é um grande aterro e um dia pertenceu ao leito do rio Tapajós.

Mercadão – 2000

O Mercadão – 2000 foi construído em 1985 para abrigar os vendedores de peixe da Feira da Praia, que atracavam na coroa de areia para comercializar o seu pescado. A eles se juntavam pequenos produtores de hortaliças e ali vendiam a sua produção diária, tanto peixe quanto os tempero, frutas e verduras. Hoje o mercado tem uma ala a direita voltada ao pescado da região e um anexo externo do outro lado da avenida dedicada somente a venda de peixes. No centro do mercado estão as farmácias de remédios naturais e ao fundo, a feira livre.

Na ala de peixes, destacam-se dentre as mais de 300 espécies de pescado da região, o acarí bodó a pescada; a matrinchã; o tucunaré; o Tambaqui, o filhote; o surubim; a piraíba e o ícone de toda a Amazônia, o pirarucu.

 

Curiosidade:

Para a construção do próprio mercado foi usada areia vinda da Coroa de Areia na qual os antigos pescadores atracavam para fazerem as suas vendas.

O mercadão – 2000 funciona todos os dias a partir das 4h:00 e encerra o dia as 14h:00 para que os pescadores voltem ao rio e assim, retornem ao mercado com mais peixes. O mesmo ocorrendo com os produtores e vendedores de remédios naturais.

Da carne do acarí bodó se faz uma farinha chamada piracuí. O bolinho de piracaí é uma iguaria imperdível para entradas de pratos regionais e tira-gostos e é um petisco delicioso que acaba de ser declarado Patrimônio Cultural Material do Brasil. O peixe é comido após transformado em piracuí; assado ou cozido e requer alguma habilidade pra poder tirar a sua carapaça (exoesqueleto que envolve a carne).

Boto. Na ala externa do Mercadão – 2000, na Feira do Peixe, durante no inverno, é possível avistar os botos e pássaros de rio que ali se agrupam disputando restos de peixe que os pescadores e vendedores jogam no rio.

Os botos são bastante brincalhões e prestativos: é comum em acidentes de barco, vê-los empurrando pessoas que se afogam para a margem.

Os botos, ao contrário dos peixes, dormem. Porém de maneira bem distinta: eles desligam um lado do cérebro, e como respiram oxigênio, mantêm-se deitados de lado na superfície da agua por curtos períodos tempo de até 20min.

Catedral de Nossa Senhora da Conceicão

A primeira igreja foi construída inicialmente, a cerca de 250m, a oeste de onde está hoje. Inicialmente, era uma edificação simples, de palha e tapumes ao lado do cruzeiro onde houve o primeiro contato entre os europeus e habitante locais, os andirá. Há um igarapé que ainda passa ao lado da sede dos correios e quando a água enchia, alagava todo o largo do Curralzinho, onde a igrejinha fora construída, de forma que não era possível catequisar os nativos durante os períodos de chuvas constantes. Assim, se começou a procura por um lugar mais estável e assim, até por uma questão de proteção, se construiu uma plataforma de pedra sobre um antigo cemitério andirá e ali se edificou a catedral como a conhecemos hoje.

A igreja possui duas santas, uma do período clássico e outra do período barroco. A santa do período clássico recebe, todos os anos, cabelos humanos, e vestes de cetim adornadas que são doados por famílias devotas da diocese, em gratidão pelas graças alcançadas.

Na catedral, há também o crucifixo de Von Marthius (Carl Friedrich Philipp von Marthius – 1794 – 1868). Este crucifixo, chegou a Santarém 26 anos após a sua confecção.

Marthius estava um dia nadando nas margens do rio amazonas quando fora arrastada pelas ondas. Orou e pediu a Deus por sua pia misericórdia que o preservasse. Salvo, voltou a Alemanha e mandou erigir o crucifixo do Cristo Vivo.

 

Curiosidade:

Apesar de toda a arquitetura da igreja ser do período clássico, os seus santos, são em sua maioria, do período barroco. Sua característica principal é o fato de estarem olhando para baixo e não pra cima como os santos do período clássico.

Outra característica marcante é o fato de terem suas cores vivas como o vermelho, o azul e o amarelo simbolizando respectivamente, o sangue de Jesus; o Espirito Santo e a Salvação.

Há dois nichos em que estão as duas Santas da Conceição: A direita está a santa do período clássico e a esquerda, a do período barroco.

A Senhora da Conceição é facilmente reconhecível, por estar olhando do céu e por estar cercada de anjos e com os pés sobre a lua.

A Santa da direita é a que é levada do andor e conduzida em carruagem durante o círio que ocorre no dia 28 de novembro, todos os anos e que tem seu encerramento no dia 8 de dezembro.

A madeira da cruz em que está o Cristo Vivo é aquariquára, madeira muito resistente e durável. No século XX, esta madeira era usada como poste para iluminação pública e foi largamente exportada do brasil para países como EUA; Canadá e Espanha.

Ao lado da igreja há um museu (M.A.S – Museu de Arte Sacra) com mais artefatos religiosos e história sacra.

As árvores que ornam a frente da igreja são fícus indianos e foram introduzidas no brasil pelos ingleses no início do século XX.

Praça do Pescador / Cais Mocorongo / Largo do Tapajós

É a praça em que se celebrou a elevação de Santarém a categoria de cidade em 22 de junho de 1758. A descida do forte dos tapuios se dava a oeste, e este era o único caminho, a época, de se chegar a praia do cais, de forma que ali, se ergueu um cruzeiro em homenagem a São Pedro, padroeiro dos pescadores que nesse local protegiam as canoas durante os temporais.

Francisco Xavier de Mendonça Furtado que era irmão do marques de pombal, havia sido nomeado por este para ser apaziguador dos índios na Amazônia, tendo expulsado os jesuítas que eram contrários a escravatura dos indígenas e sido nomeado governador da província do Grão-Pará e Maranhão; seu primeiro ato como governador foi elevas as vilas mais prósperas a categoria de cidade, assim como Belém; Manaus e Soure.

 

Curiosidade:

Quando ainda estava em Portugal, Mendonça Furtado não passava de um simples capitão de navio de carga e não era nobre. Tinha interesse pela sobrinha do rei D. José Maria de Algarves, que pra se livrar de Mendonça impeliu o marquês de Pombal a trazê-lo para o brasil para que este apaziguasse aos índios no norte sob a promessa de que ao votar a Portugal, receberia o título de nobreza para assim poder desposar a sobrinha do rei.

 

Mendonça furtado jamais retornaria a Portugal, encantado pelas índias nativas escreveu certa vez: “não existe pecado do lado de baixo da linha do equador, haja visto, as nativas estarem desnudas ou de pouca indumentária, sempre prontas para o amor na sua forma mais doce e delicada com as mãos sempre aos flancos a indicar a sua propensão.”

No Cais Mocorongo há um monólito representativo da duas culturas que se entrelaçaram durante os séculos: Abaixo, a representação da cultura andirá/tapuia, com os muiraquitãs (figuras antropomórficas que representam divindades) na primeira e de frente para o rio há um muiraquitã que representa a religiosidade do índio ancestral; o adorador ou filho do sol. A direita outro muiraquitã em forma de Jaboti, demonstrando a força e robustez do povo ancestral. A esquerda e de frente para a cidade, há o muyrakitã mais famoso em formato de Sapo Cururu/Iripixi Pixuna que representa a economia a sorte e a fartura do povo ancestral. E por fim, um muyrakitã celebrando a feminilidade; a fertilidade e a divindade feminina como guardadoras da vida.

Centro Cultural - Museu João Fona

O prédio foi construído entre os anos de 1853 e 1868. É o segundo prédio mais antigo da cidade, ainda em uso e ali já abrigou, ao mesmo tempo, a intendência municipal, a câmara dos vereadores, o tribunal do júri e a cadeia pública. Em 1991 o prédio virou centro cultural da cidade. A característica principal da edificação que ela é toda construída em forma de templo grego com 4 colunas de 5m no rol de entrada no estilo clássico; 3 portais com umbrais arredondados e 4 janelas envidraçadas também de umbrais arredondados, um luxo para a época. Logo na entrada do museu, vemos o rol de ex-prefeitos e autoridades da cidade, como o barão de Santarém e o patrono do museu, o Sr. João Fona, artesão; pedreiro, marceneiro; escultor; escritor e pintor e músico autodidata. Aqui destaco o Sr. Oti Santos, prefeito de Santarém em 1985 que durante o mandato foi eleito prefeito recém criado município de Belterra (uma das duas cidades criadas pela Ford Company no Brasil). Também destaco Maria do Carmo ex-prefeita de Santarém e única mulher eleita por voto direto após 70 anos do mandato interventor de Violeta Sirotheau.

A direita de quem entra está a câmara de vereadores e o tribunal do júri. Em cada lado 3 cadeiras em estilo clássico com vime acrílico nos assentos para maior conforto dos vereadores que também eram o júri. Ao centro e ao fundo uma cadeira mais alta assentava-se o prefeito/interventor que era quem presidia e também julgava. Ladeando o prefeito/interventor/juiz ficavam a direita, o pároco da catedral que fazia a defesa e a esquerda, o delegado como acusador. Ao centro e no meio da sala, no meio do assoalho onde está uma composição do sol com madeiras entrelaçadas de peças de amarelão e angelim, ficava ali o acusado a ser julgado com uma bola de ferro atrelada ao pé por uma corrente que se estendia até as mãos.

No lado esquerdo está a ala da história dos andirá, civilização que precedeu os Tapuios na região. Nessa ala estão artefatos do período lítico (período em que os homens ainda viviam em cavernas, entre 11 e 9 mil anos). Destacam nesta ala, os Sambaquis, os machados de pedra, as pontas de flechas, as urnas mortuárias com restos de ossos, e ao centro, o vaso cariátides, que recebeu esse nome por sua precisão de confecção e semelhança aos vasos gregos.

A sala ao fundo, é o gabinete do prefeito ou gabinete de despacho, onde se encontram as bandeiras do município, uma pintura retratando o atual prefeito e um quadro raríssimo do pintor italiano DeAngelli retratando o imperador do Brasil, Dom Pedro II. D. Pedro, foi um brasileiro muito querido no brasil e no exterior: foi convidado pra ser presidente dos EUA; da Franca e da Dinamarca, tal era sua diplomacia. Ele tinha o plano de transformar toda a Amazônia em um parque nacional gigante.

A esquerda está a cadeia de presos condenados. Esta está de frente para o gabinete do prefeito.

Na próxima antessala, onde estão os banheiros, e a frente uma pequena exposição de fotos e cópias de artesanato indígena e regional que podem ser comprados. A próxima sala, expõe um esqueleto de baleia da espécie mink, que em 2005 nadou mais de 1.400km do oceano até o rio tapajós. O animal não resistiu a inanição e aos ferimentos por conta das hélices dos barcos e morreu. Logo os biólogos dissecaram o animal e puseram para a exposição. Nesta mesma sala a direita está pendurado um remo, encontrado próximo à Vila Franca, que não se assemelha a nenhum artefato construído pelas etnias indígenas da Amazônia, feito o DNA de uma amostra, constatou-se que o tipo de madeira que o remo fora confeccionado, não pertence a nenhuma madeira amazônica, mas sim de madeira que somente é encontrada no norte da Europa; provando assim que a chegada do homem europeu a Amazônia se deu bem antes do que se imaginava: 1.200 e 1.600 anos. À porta estão duas relíquias da cabanagem: duas pedras que eram usadas como balas de canhão.

A próxima sala, funciona uma biblioteca com livro únicos ou edições número 1, que foram doados por famílias para houvesse uma biblioteca em Santarém. Porem a sala era uma cadeia provisória em que os presos não julgados ficavam cumprindo sua cadeia.

 

Curiosidade:

A Sra. Violeta Sirotheau, foi a primeira prefeita mulher que se sabe no Brasil,1935; num tempo em que as mulheres não tinham sequer o direito de votar, casar ou se divorciar. Logo, é um marco que a única pessoa capaz na cidade tenha sido ela.

Os andirá eram a civilização que habitou a região de Santarém antes dos tapuios, e eram altamente evoluídos dada as características das suas peças de cerâmicas e utensílios e ainda a sua inteligência em produzir fogo a partir de pedras e não da fricção de madeira.

A prisão era hierárquica, ou seja, se um preso causasse algum problema; todos na cela eram punidos igualmente.

Os presos eram responsáveis pela limpeza e manutenção de todo o complexo da casa.

Durante a cabanagem, coqueiros e cocos foram cortados, pintados de preto e postos nas artilharias para parecer que tínhamos poder de fogo para enfrentamento dos inimigos.

Informações culturais do Rio Tapajós.

Rios Tapajós

O rio Tapajós é um rio que se forma da junção de outros dois rios, o Juruena e o São Miguel (Téles Pires), na fronteira dos Estados do Mato Grosso, Amazonas e Pará. Sua extensão total em nosso estado é de 940km. É um rio de meia idade; com cerca de 150 mil anos; ou seja, todos os ciclos de formação geológica já foram completados. O rio é calmo e de leito arenoso; sua coloração é azul esmeralda transparente, proporcionando muitas praias de areia branca e de fácil navegação. Rico em pescado, o rio tapajós apresenta mais de 350 espécies de peixes em sua bacia.

 

Curiosidade:

A maior fossa (profundidade) do rio Tapajós é na curva do Maró, na confluência do rio Arapiuns com o Tapajós onde a profundidade chega a 57m.

A parte mais larga do rio Tapajós é em frente à praia de Aramanaí, em Belterra onde o rio chega a 23km de uma margem a outra.

O rio Tapajós é um rio voador, ou seja é basicamente formado pela água da chuva e pelos inúmeros igarapés que alimentam a sua calha.

Na bacia do rio Tapajós, estão 56% da reserva mineral de ouro do Brasil, 34% das 40 mil espécies de plantas amazônicas, 28,5% das 300 espécies de mamíferos de toda Amazônia e 35,6% de todas as aves Amazônia o que faz o Rio tapajós o segundo rio mais rico da região como um todo, tanto em espécies animais, vegetais e minerais.

Alter do Chão

É uma vila balneária que fica a 37km do centro urbano de Santarém. Tem uma população de cerca de 10 mil habitantes. É conhecida mundialmente por ser considerada “o paraíso de rio sem o qual não se pode passa pela vida sem conhecê-la e até mesmo comparada ao caribe brasileiro, por serem, as suas águas transparentes.

A festa de aniversário da vila, é no dia 6 de março, data em que o governador geral da província do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Manoel de Mendonça Furtado, a elevou a categoria de vila em 1758. Até então, eram moradores da vila, mestiços de índios, portugueses e cabanos descendentes negros.

A principal festa, no entanto, chama-se Çairé (salve, tu o dizes!); festa que reúne o profano e o religioso e que acontece na segunda quinzena de setembro. É uma festa que celebra a colheita, a fartura e a chegada da Boa Nova – a Santíssima Trindade expressa num semicírculo em forma de arco, todo ornamentado com fitas coloridas e contendo três cruzes, representando o Pai; o Filho e o Espirito Santo. Esta festa começa uma semana antes com a busca dos mastros, ou seja, os aldeões vão as matas ao redor da vila e buscam dois mastros que serão erguidos em praça pública, enfeitados e adornados com frutas e no topo, uma garrafa de aguardente. Eles representam o juiz e a juíza da festa e no último dia, serão derrubados pelos foliões, cada um com direito a dar um único golpe de machado.

Durante os próximos 7 dias de festa, todos os dias se fazem procissões e missas em latim, com folias de tambores, lamentos e expiações de pecados. Numa pequena   capela, ficam expostos o santo dos santos com a coroa da Santíssima Trindade e o Çairé, no colo da juíza, enquanto os mordomos e mordomas as servem as refeições. Na outra metade da praça acontece a festa profana, com danças típicas como o carimbo e o siriá.

Nos últimos trinta anos, acrescentou-se a competição dos dois botos: Botos Rosa e Tucuxí, os quais apresentam a lenda do boto encantador e sedutor. Duas agremiações distintas competem para apresentar o melhor espetáculo e melhor encantar o espectador.

 

Curiosidade:

O nome Alter do Chão significa acima do chão, e homenageia uma cidade homônima (que tem o mesmo nome) portuguesa.

Por ficar em uma enseada, e abrigada de possíveis invasões, Alter do Chão foi cotada pra ser cidade fortificada, antes que Santarém fosse escolhida para esta função por estar na foz do rio Tapajós.

O plano português até 1758 era ter lugar obrigável, caso houvesse novas invasões francesas, holandesas ou inglesas, e Alter do Chão tem toda uma geografia propícia a isto.

No último dia da festa, já na segunda-feira, se faz a festa da vila ou “festa da secuiára” em que são servidas bebidas fermentadas como o caxirí (bebida fermentada feita com gengibre e casca de abacaxi); o aluá (bebida fermentada feita com a casca do abacaxi); o tarubá (bebida fermentada feita com os resíduos da macaxeira).

O símbolo principal do Çairé é o semicírculo em formato de arco, contendo as três cruzes e representando a Santíssima Trindade. Durante a procissão, e a festa, ele é carregado pela saraipora (uma senhora guardiã, que finge ser aleijada e que no último dia da festa é curada e dança entre os foliões).

Visita a vila e a praia: 1 dia no mínimo.

Visita a Serra Piroca: 3,5 horas no mínimo.

Visita ao Lago dos Muyrakitâs: 3,5 horas no mínimo.

Visita ao Igarapé do Macaco Macaco: 2,5 horas no mínimo.

Visita ao Igarapé do Camarão 2 horas no mínimo.

Visita ás praias do Lago dos Muyraktâs com parada para mergulho: 20 minutos, em cada uma, no mínimo.

Visita satisfatória a Alter do Chão: 3 dias no mínimo. Um dia na Ilha do Amor, um dia para o Lago dos Muyraktâs e um dia para arredores.

Ilha do Amor (içá-poranga)

É uma enseada de areia branca em frente a vila, nela estão dispostas, ócas em estilo indígena regional, nas quais são vendidas comidas, sucos e bebidas quentes regionais.

 

Curiosidade:

A formação de toda a enseada é de sílica e carbonato de cálcio, ou seja, resultado da decomposição do material orgânico de ostras e moluscos durante milhares de anos.

Segundo contam as lendas, nela, Mendonça Furtado se apaixonara por uma linda nativa e pôs-se então o nome de Ilha do Amor. Noutra, que alí chorava com saudade de sua amada que estava em Portugal.

O nome Içá-Poranga deriva de um arbusto que dá um frutinho bem conhecido da região, a Piranga; muito comum no bosque que se encontra a frente da entrada da Serra Piroca e arredores.

Serra Piróca

É a serra que se destaca na Ilha do Amor e que vê de todos os lados de Alter do Chão, por ser esta a maior elevação de toda a região (154m).

O nome tem três variantes de explicação: a primeira é de que o nome deriva de duas palavras nativas tupi: pirã=comida; peixe e uka=casa. Sendo assim, casa de comida ou casa de peixe, o que é bem aceitável uma vez que a serra é cercada por sete lagos que, no verão, viram aquários isolados do rio, o que garante comida rápida e fácil aos nativos da vila.

Outra variante, o nome deriva de, tradicionalmente, a serra não possuir árvores grande e estar em uma espécie mista de floresta alagada e savana. Então o nome Piroca deve-se ao fato de não existir vegetação alta naquela região.

Uma outra variante também bem curiosa é a de que, o nome deriva de um corte de cabelo típico mascate ou bandeirante, que para evitar piolhos, cortavam os cabelos bem baixinho na lateral e deixavam no topo da cabeça, com uma tufa, ou crista.

 

Curiosidade:

A partir da ponta da na Ilha do Amor, são 2,5km até o sopé da serra, o que leva cerca de 35 a 40min de caminhada leve.

Há vários nichos naturais para fotos e contemplação no topo da serra.

 

A partir do topo da serra piroca se tem uma visão em 360 graus de toda a região, rios, como o Tapajós de norte a sul; o Arapiuns; o Canal do Jarí; lagos e lagoas, além de uma visão geral de toda a vila.

Toda a serra foi uma falésia que desmoronou durante a formação da enseada e que por ser de formação vulcânica, mais dura portanto, resistiu.

A vegetação predominante na trilha e arredores da Serra Piróca é a savana amazônica com resquícios de floresta alta, com arvores que podem chegar até a altura de até 50m.

Lago Verde/lago dos Muyrakitãs

O rio Tapajós é um rio que se forma da junção de outros dois rios, o Juruena e o São Miguel (Téles Pires), na fronteira dos Estados do Mato Grosso, Amazonas e Pará. Sua extensão total em nosso estado é de 940km. É um rio de meia idade; com cerca de 150 mil anos; ou seja, todos os ciclos de formação geológica já foram completados. O rio é calmo e de leito arenoso; sua coloração é azul esmeralda transparente, proporcionando muitas praias de areia branca e de fácil navegação. Rico em pescado, o rio tapajós apresenta mais de 350 espécies de peixes em sua bacia.

 

Curiosidade:

A maior fossa (profundidade) do rio Tapajós é na curva do Maró, na confluência do rio Arapiuns com o Tapajós onde a profundidade chega a 57m.

A parte mais larga do rio Tapajós é em frente à praia de Aramanaí, em Belterra onde o rio chega a 23km de uma margem a outra.

O rio Tapajós é um rio voador, ou seja é basicamente formado pela água da chuva e pelos inúmeros igarapés que alimentam a sua calha.

Na bacia do rio Tapajós, estão 56% da reserva mineral de ouro do Brasil, 34% das 40 mil espécies de plantas amazônicas, 28,5% das 300 espécies de mamíferos de toda Amazônia e 35,6% de todas as aves Amazônia o que faz o Rio tapajós o segundo rio mais rico da região como um todo, tanto em espécies animais, vegetais e minerais.

Myritiapina

É uma ponta de enseada isolada a direita na Ilha do Amor que divide o lago Myritiapina e o Lago Verde se estende por cerca de 200m. em frente a cerca de 35m fica a base da Serra da Venca, ao fundo deste lago, está a nascente da Fonte Azul. Há uma trilha de caça que se caminha por 15min e se chega a esta fonte. A trilha ainda se estende por vários quilômetros selva adentro, chegando ao lago do Piranha e a Serra Piróca. Do lado esquerdo e a frente, está a Serra da Pedra Redonda.

 

Curiosidade:

Lugar com cenário lindíssimo para fotos e contemplação do nascer quanto do pôr do sol e que oferece uma ótima opção de parada para um mergulho tanto no lago verde quanto no próprio Myritiapina.

Árvores distantes umas das outras em conjunção com a Serra Piroca e a Serra da Pedra Redonda, são o cenário ideal para uma composição fotográfica tanto do nascer quanto do pôr do sol.

Morro da Pedra Redonda

É uma pequena elevação de cerca de 40m de altura, quase imperceptível aos olhos destreinados, por ficar ao lado da Serra Piróca e na mesma linha da vegetação do Lago do Myritiapina. No topo da serra, há uma grande quantidade de pedras arredondadas e que são usadas para vasos artesanais pela população local.

 

Curiosidade:

Toda a serra é formada por resíduos geológicos vulcânicos.

Nesta serra é possível encontrar pedras magnéticas carregadas como imantadas além das famosa pedras redondas e de amolar.

As pedras redondas são também usadas na medicina local. Por possuírem propriedades curativas, sua areia interna são usadas em chás de infusão na cura e dissolvição de pedras nos rins (chá de quebra pedra).

Serra da Venca

É a serra que se vê no fundo do Lago Verde, uma elevação de 90m, com vegetação alta, madeiras de lei, como o cedro, a cedrorana, a muyracatiára, angelim pedra e também arvores medicinais como a copaíba, a andiaroba e a o pau ferro. A serra é cercada de trilhas de caça antigas. Nesta serra também tem um igarapé tributário do Lago Verde possível de visitação.

O nome Venca deve-se a quantidade enorme da planta fazer parte da vegetação ciliar da serra.

 

Curiosidade:

O nome “Venca” deve-se a planta medicinal usada em xaropes para a garganta e trato respiratório em geral.

É possível ir até a serra de bajara (embarcação típica da região), ou ainda, a pé. Sempre acompanhado de um guia ou um mateiro que conheça bem as trilhas.

Aqueles que gostam de aventurar-se, podem fazer a pequena trilha que segue até a Fonte azul (não mais que 15min).

Fonte Azul

É uma fonte tributária do Lago Verde e se localiza em frente a Serra da Venca em Alter do Chão; após cruzar o lago do Myritiapina, segue-se em trilha branda, pela mata fechada por cerca de 15min. até avistá-la. Visitas durante todo o inverno ou nos dois primeiros meses (março a julho) que o sucedem, são mais promissoras, uma vez que a fonte vira apenas um pequeno charco no alto verão (setembro a dezembro).

 

Curiosidade:

A cor da agua é naturalmente azul por causa da melhor absorção dos raios solares, o que não é o caso da fonte azul, uma vez que ela se encontra em mata fechada.

A água da fonte se torna azul pela quantidade do ácido-base orgânico azul de bromotimol saturado a partir de raises, troncos; folhas e das fezes de animais decompondo-se.

Uma vez que ali estão inúmeras trilhas de caça antigas, não é errado dizer que esta coloração vem das fezes de animais, como morcegos, cutias, pacas e torós que ali se alimentam.

É um ótimo local para campi com turistas e aventureiros de verão.

Pode-se fazer trilhas a noite e observar animais noturnos da região.

Tainá

Seguindo a margem esquerda do lago verde, além da serra da Venca, há uma pequena praia e ao fundo um bosque de arvores grandes e frondosas ideal para passar o dia e acampar e fazer um piquenique em família ou com os amigos. Um pequeno e belíssimo pedaço de paraíso, único para locação de filmes e fotos. Neste local foi construído o cenário para a filmagem do filme Tainá II de 2005. A “Prainha” passou a ser chamada com este nome: Tainá.

 

Curiosidade:

Além da locação para o filme, a produção contratou vários serviços em Alter do Chão, como, hotéis e pousadas, transportes terrestre e aquáticos, atores, dublês, pescadores, artesões, pintores, músicos, maquiadores e cozinheiros.

O filme Tainá proporcionou tanta visibilidade a Alter do Chão que nos anos seguintes, cresceram em 400% o número de reportagens, documentários e novelas todas alocadas em Alter; tanto nacional quanto internacionalmente.

Vários animais (cobras, antas, cutias e gatos maracajá) foram trazidos do zoológico para cenografia e contracenar no filme.

Um gato maracajá fugiu e nunca foi recapturado; o que não foi nenhum prejuízo ao zoológico, uma vez que este é um centro de recuperação e soltura de animais silvestres.

Igarapé do Camarão

É um dos maiores igarapés, mais visíveis e navegáveis dos tributários do Lago Verde. É um berçário natural de peixes e plantas aquáticas. É possível chegar até este paraíso, de carro ou barco, saindo de Alter do Chão.

Cenário ideal para fotos e contemplação das paisagens de Canarana e grama verde nas suas margens; uma caminhada mais adiante, o leva a um outro tipo de vegetação: a (mato característico alto e fibroso cuja folha assemelha-se ao rosto de gato), cuia de macaco, ou orelha de macaco (uma cuia pequena que se parece com uma orelha de macaco e que serve de alimento para peixes como o tambaqui e o tucunaré), um tipo de vegetação resistente a agua e que por isso resistem ao inverno rigoroso e ao charco. Também bastante encontrada nestas matas a jarana (o marfim amazônico), que também é alimento das diversas espécies de peixes da região e serve para fazer artesanato.

 

Curiosidade:

O Igarapé do Camarão, ou “Floresta Encantada”, não é um veio d’água único; na verdade existem vários olhos d’água e outras fontes que o alimentam formando um lago interno de floresta separada do Lago Verde por uma densa floresta alagada; neste lago é possível fazer passeios de canoa, para observação da vida aquática e até cinco espécies de macaco que habitam essas matas.

Pode-se agendar passeio de canoa a remo no lago, com os moradores da comunidade do Caranazal.

Há um restaurante que serve comidas típicas regionais em que se pode agendar almoços, petiscos e bebidas quentes

Não é permitido a entrada de embarcação motorizada neste lago por motivo de preservação da vida selvagem.

Igarapé do Macaco

O maior de todos os tributários do Lago Verde. Se estende em direção nordeste, por cerca de 3,9km e chega próximo a praia de Ponta de Pedras. Seu ecossistema é composto de vegetação alta e baixa, canaranas; gramados extensos com as macacaricuia (excelente cenários para foto e contemplação da natureza) e nichos de praias. Muitas espécies de peixe se reproduzem em suas margens dentre elas o tucunaré, a traíra; tambaqui e até jacarés; estes adentram este igarapé por sua tranquilidade e segurança de alimento, basicamente frutas, sementes e peixes menores.

Como o próprio nome sugere; diversas espécies de macacos, como o macaquinho de cheiro, o rabo de espanador, macaco guariba, o macaco da mão amarela e o macaco prego, são facilmente avistados nas matas ao redor, por ser este um lugar rico em folhas, sementes; frutas e insetos que servem de alimentação para esses animais. Além destes, vários animais terrestres também são visíveis na área como pacas, torós e cutias.

 

Curiosidade:

Saindo alguns metros do leito deste igarapés e olhando cuidadosamente, é possível encontrar ninhos de jacaré novos e abandonados.

Olhando embaixo dos troncos, é possível observar tucunarés de passagem além de traíras cuidando das suas crias e peixes menores ornamentais

Parte do leito do igarapé do macaco é arenoso e partes extensas é repleto de vegetação tipo musgo e grama, o que propicia a visualização de peixes ornamentais.

Há uma trilha de aproximadamente 4km mata adentro que se chega em Ponta de Pedras e na qual se pode avistar várias espécies de árvores madeireira como o mógno (Swetenia macrophylla); a acariquara (minquartia guyanensis); a seringueira (Hevea brasiliensis); o ipê amarelo (Handroanthus albus) e o roxo (Handroanthus impetiginosus); angelim ferro e o pedra, além de andirobeiras (Carapa guianensis) e copaibeiras (Copaifera longsdorffii); a castanha de macaco (sapucaieira) – (Lecythis pisonis), pitombeiras (Talisia esculenta) e jaranas (Lecythis lurida);  pequiás (Caryocar villosum); palheira (Orbignya pixuna).

Praia da Ponta da Valéria

É uma pequena ponta de praia que sai todos os anos no verão bem no meio do lago, a partir da margem direita; rodeada de bosques com árvores altas e por trás, há uma savana extensa com trilhas. Também é um lugar excelente para parada de banho e exploração. Muita gente acampa neste local para pesca, uma vez que o local é passagem de peixe de volta ao rio e exploração dos animais noturnos na savana.

 

Curiosidade:

A margem esquerda, de frente para o lago é mais quente e mais funda do que a margem direita

A margem direita é mais rasa e mais fofa, o que faz necessário o cuidado com arraias de rio durante o banho.

É possível avistar cobras arborícolas e também diversos animais de savana como tatus e jabotis, além de vários sapos raros.

Aconselha-se sempre aos aventureiros, saírem acompanhados de guia local e ao dormirem em redes, amarrarem os calçados acima do chão para evitar insetos como lacráias e escorpiões.

Praia da Ponta do Urubu

É uma ponta de praia com um visual lindíssimo porém, mais usada como curiosidade sobre a vida destes animais do que para exploração, contemplação ou banho, por ser este, um berçário natural de reprodução dos urubus.

 

Curiosidade:

A ponta do Urubu é na verdade dividida nas duas margens do lago: a esquerda de quem entra, ficam os ninhos e a direita o local de caça e alimentação.

Os urubus (Cathartidae) não possuem enzimas digestivas e então, necessitam de gazes atmosféricos para ajudar na digestão. Sempre que você vir urubus voando em círculos, estão na verdade absorvendo estes gazes para poder digerir algum animal morto.

Os urubus recém-nascidos, de até cinco ou sei meses, tem as suas penas brancas e somente depois da terceira troca é que ganham penas pretas.

Praia do Tilheiro

É uma ponta de praia que surge no verão e que tem a característica de ter afloramentos de pedra e tabatinga (barro amarelo rosado excelente para a fabricação de utensílios como panelas e artesanatos). Excelente lugar para pesca nas pedras e exploração em mergulhos de superfície. O lugar também proporciona um belíssimo bosque, ideal para atar uma rede e descansar no lugar e curtir a paisagem.

 

Curiosidade:

Há uma pequena trilha de uns 60m a partir da rua que é um dossel natural, excelente para fotos e contemplação.

É possível chegar até o Tilheiro tanto de carro quanto a pé pela praia em uma caminhada de não mais que 10min.

É um lugar excelente para passar as tardes e contemplar o pôr do sol.

Lago da Mangueira/Lago Preto

É um lago profundo (6 a 8m), que se forma por causa do acumulo da água da chuva. Agrega-se a água, material orgânico, seja de raízes, de troncos, de galhos, de folhas e óxido de ferro causando essa coloração semelhante a Coca-Cola ou café. O lago não tem vida (peixes), por casa da alcalinidade e da água e também por conta da temperatura que gira em torno de 32 graus mesmo no inverno. É comum ver peixes mortos nas suas margens.

 

Curiosidade:

O índice pluviométrico no baixo amazonas e de 3000mm por dia no inverno (dezembro a maio) e cai pela metade, 1500mm, nos meses de verão (julho a dezembro).

Durante o inverno, o lago se liga ao rio e muitos peixes passam pra dentro do lago, com a falta de comida, de oxigênio e a alta temperatura, eles acabam morrendo ou em alguns casos, pulando pra fora da água tentando alcançar o rio.

Lago do Piranha

É um lago que tem inúmeros tributários. O lago em si, tem três pontos de ligação com o rio Tapajós no inverno quando as águas sobem, de forma que é um berçário de reprodução das espécies de peixes da região, botos, tartarugas de rio e jacarés. A margem esquerda tem um bosque de mata alta onde se pode acampar e fazer piracaias. A direita, há um outro bosque com mata mais baixa e cerrado onde é possível avistar animais silvestres como veados; cutias e pacas que ali se alimentam das frutinhas (macaquinhas e pirangas) que crescem na margem do lago.

 

Curiosidade:

O lago é muito rico em espécies de peixes, pirapitinga, branquinha, tucunaré, tambaqui, piranha e é um dos sete lagos que deram o nome a Serra Piróca (casa de peixe).

Há uma trilha (3,5km) no fundo do lago que o liga ao lago do Jacaré do outro lado, no rio tapajós. 

Tauá

É uma formação geológica (falésia) na saída do piranha, onde contem pedras imantadas de valor comercial e de engenharia que se estende até ao meio do rio e é ideal para pescarias de mergulho ou de corrico. Neste local, é possível pescar grandes tucunarés, sardas, pescadas e uma variedade enorme de peixes menores. Nesta área específica, a seiva das árvores são ácidas por conta dos componentes do solo. Há potássio, ferro, zinco e cobre além de outros metais pesados como o urânio e o cobalto em estado inanimado (precisam de carga elétricas altíssimas para se tornarem reativos). É uma paisagem lindíssima de formação geológica que proporciona lindas fotos e se parece com a superfície desolada da lua ou de outro planeta.

 

Curiosidades:

É comum as crianças brincarem com as pedras imantadas (piçarra) juntam um punhado e encostam nos lábios e no corpo para que elas grudem.

No Tauá também é possível haver ouro além de outros metais pesados e comercialmente valiosos.

Ponta do Cururu

É a maior ponta de praia de areia branca de toda região do baixo rio tapajós (2,3km) quando está plena nos meses de verão (julho a dezembro). É cercada de um bosque com árvores de grande porte, como tachís (Tachigali myrmecophila), maçarandubas (Persea pyrifolia) e angelins (Hymenolobium) e também por uma formação rochosa, composta principalmente por bauxita e arenito. A Ponta do Cururu é o lugar ideal para aventureiros que queiram um contato pessoal com os botos (golfinhos de água doce). É também o lugar ideal para a contemplação tanto do nascer quanto do pôr do sol.

 

Curiosidade:

Ao contrário de outras praias locais, o lado direito da Ponta do Cururu é bem mais raso do que o lado esquerdo. Isso deve-se a corrente da calha do rio empurrar a corrente que sai do lago verde.

A ponta do cururu é o local de transição ideal para pesca de peixes de cardume como pacus, aracus Caratingas e charutinhos.

É comum, nas transições de estações, ver famílias de pescadores acampando na praia ou no bosque para que fiquem mais atentas a passagem dos cardumes.

Durante a estiagem, tanto na descida quanto na subida das águas, as pessoas caminharem no banco de areia transparente que fica alagado e se estende até o meio do rio.  

Praia da Pedra da Moça

É uma extensão da Praia da Ponta do Cururu já chegando no rio Tapajós, terreno bem acidentado composto por pedras de bauxita grandes e que se movem com a cheia e seca do rio. A faixa de extensão é bem pequena, chegando no máximo 35 ou 4º metros e por ser bastante acidentada, bem pouco visitada; sendo usada apenas como cenário para fotos ao pôr do sol e para saciar a curiosidade. Há um nicho no alto das pedras, a direita, de uns 7m de altura e que dá uma visão panorâmica, de cima do rio tapajós e é um lugar lindíssimo para fotos e contemplação da natureza.

 

Curiosidade:

Há muito tempo, se conta em Alter do Chão, a história de uma moça que aparecia na praia pedindo socorro, e que sumia a vista de todos ao chegar nas pedras seguindo na direção de Santarém. Antes da moça sumir, apontava para a pedra maior e arredondada. Não foram poucos pescadores e caçadores que viram a tal moça, uns diziam que ela não tinha rosto, outros que ela cobria o rosto com o folho dos vestido, e outros que ela usava um véu. É fato e todos concordam que a moça aparecia ali naquela enseada.

Muitos anos se passaram e as histórias do avistamento da moça só aumentavam. Foi então que alguém resolveu por uma pequena cruz sobre a pedra para que o espirito descansasse em paz; não sem antes tirar a dúvida e escavar ao redor da pedra: encontraram um corpo em estado bem avançado de decomposição, com farrapos de vestido de cetim decorado como na discrição de todos que a avistaram. Procederam o enterro e o velório no antigo cemitério da vila e na lapide está escrito somente “Moça da Pedra”.

Ainda há relatos da moça aparecendo aos pescadores que por ali passam a noite, e de luzes piscando na praia sem que ninguém esteja lá.

Sempre que um nativo passa pela pedra faz uma breve oração e se benze para não ser atormentado, e se tem que voltar à noite para a vila, passam o mais distante possível da pedra em que está a tal cruz.

A pedra é bem visitada durante o dia seja para foto ou contemplação.

Praia do Jacaré/lago do Jacaré

A praia privativa mais linda de todas; tanto em beleza cênica do pequeno bosque, do lago em sí, quanto em extensão da própria praia. Nas noites de verão, na lua cheia é comum se ver vários pescadores parando as suas canoas e bajaras para assar peixe naquela praia, haja vista ter um abrigo natural e as ondas do rio se parecerem com as ondas do mar. Há muito tempo, até os anos 50 do século passado, havia ali uma fazenda de gado e ainda se vê uma antiga manga (ponte estreita e cercada nos lados para passagem de gado). No verão todo o lugar vira cenário de fotografias e até novelas já foram gravadas no local. O lago é riquíssimo em peixes da região e berçário natural de reprodução de muitas espécies, incluindo jacarés. Neste lago, é comum as agências de turismo levarem turistas a noite para fazerem as suas focagens de jacaré.

 

Curiosidade:

É possível contemplação de aves nativas da região e diversos animais como quatis, pacas e cutias.

O lugar é excelente para contemplação da natureza, lazer em geral, acampamento fotos e esportes de aventura e exploração.

A focagem de jacaré é feita por poucos profissionais da vila, uma vez que é perigoso o contato com filhotes próximo ao ninho e bem poucas pessoas conhecem a abordagem e equipamentos utilizados para este fim.

PRAIA DO CAJUEIRO

É a praia que se localiza no final da orla esquerda do centro de Alter do Chão, tem cerca de 300m de extensão e é lugar ideal da vila para contemplação, lazer, jogos aquáticos e tomar aquele refresco no fim de tarde em uma das 5 barracas locais. O nome deve-se ao cajueiro que havia na entrada da praia, e que era denominado pai de todos os outros cajueiros dos arredores.

 

Curiosidade:

O nome do fruto cajú é anacardio occidentale e trata-se de uma pseudo fruta, uma vez que, a fruta é na verdade a castanha e o pendículo (a parte comentível) é na verdade, a polpa. Ou seja, o fruto e a polpa não se desenvolvem ao mesmo tempo. A castanha é o fruto que nasce da flor e o pendículo ou a polpa comestível, nasce depois.

 

Não se come e nem se deve comer a castanha do caju fresca ao tirar do caju. Deve-se sacá-la ao sol por no mínimo três dias e então assá-la até que ela se torne um carvão para então abrí-la e assim poder comê-la.

 

O nome caju significa nóz que nasce, ou nóz que se reproduz.

Ponta da Gurita

É a ponta que se segue ao final da praia do cajueiro e faz uma barreira natural entre o rio tapajós e o Lago Verde. O nome Gurita é uma variante de “guarita”, ou seja, o lugar todo é como uma marina natural que defende as embarcações dos ventos durante as tempestades.

Continente adentro há uma colina em que, no passado se planejou fazer um forte ou um farol indicativo de que toda a baía e rasa e que hoje em dia, é um prédio residencial.

 

Curiosidade:

Nessa ponta há o fenômeno das terras caídas o que é inexplicável por se tratar do rio Tapajós e não do rio Amazonas

A uns 150m de distância, entre o canal principal e o rio há uma fossa de 25mh x 250mØ de profundidade.

A Ponta da Gurita é o local ideal para se ver os fogos do réveillon nos finais de ano e também o melhor local para contemplar a lua despontando.

Praia do Jacundá/lago do Jacundá

É uma ponta de praia que surge na entrada do lago do Jacundá. Este tem esse nome devido ao lago ser um berçário natural de espécies de peixes menores como o próprio jacundá, o jaraqui e a pirapitinga e o charutinho.

A praia em si, se estende por cerca de 400m em direção ao rio tapajós e é local tranquilo e bom para acampar; para lazer e piqueniques em família.

 

Curiosidade:

A praia do Jacundá é a praia mais chique de Alter por estrem ali as casas e mansões mais lindas e bem cuidadas de todo balneário.

O Lago do Jacundá tem um bairro com o mesmo nome que o circunda com casas lindíssimas.

Praia da Ponta do Muretá

O nome é uma variação da palavra mureta, haja vista a praia se elevar a partir do rio em até 5m. É uma praia de rio belíssima que surge no verão e que tem uma ligação com um lago igualmente lindo. Tem o formato triangular e se estende por cerca de 450m rio adentro, o lago se separa da praia por uma barreira de árvores, cajueiros, tachizeiros e arbustos menores. Pode-se aproveitar tanto o lago quanto o rio, tanto para mergulho quanto para caminhadas e explorações de seus nichos de fotos ao ar livre. O ponto é um convite privativo aos que amam o pôr do sol; com menos turistas que a Ponta do Cururu. Também não possui serviçoes de bares ou restaurante, por isso, é aconselhável levar, água, suco, refrigerante, cerveja e petiscos. É uma APA – Área de Proteção Ambiental, assim como todo o entorno de Alter do Chão, porém este é bem mais peculiar: está em ambiente de savana e de rio ao mesmo tempo, e por isso há tanto animais de savana, como tatus, aranhas caranguejeiras, etc. quanto cutias, pacas, e outros animais de alagado como garças brancas e morenas, biguás, anhinga nas margens do lago, assim como três espécies de gavião como o gavião carrapateiro, o caracará e o gavião carijó.

 

Curiosidade:

A praia é bastante usada por pescadores, então, além de observação da vida selvagem é possível acompanhar em loco, pescadores em seu ofício.

É possível chegar até a Praia da Ponta do Muretá, pela estrada que vai para Pindobal. A 2,5km virar a direita; seguir por 1,5km e depois seguir a pé por uns 400m.

Esta praia é usada também para eventos como casamentos, réveillons, aniversários e piracaias (jantar a base de peixe, tipo luau).

Praia do Caxambú

O nome Caxambú deriva do tupi e significa “água que borbulha”, por ser a enseada, o encontro entre o vento de cima e o vento de baixo, recebe este nome. É também o nome uma de uma dança e de uma cuia muito comum na região, da qual, ao se tirar a poupa, tem-se uma espuma. A praia em si, é uma extensão de areia branca que se estende em forma de arco desde a enseada da praia da Ponta do Muretá, é uma praia bem extensa com mais 3,5km e vai do Muretá até o Igarapé do Jurucuí. Por ficar de frente para o rio, é excelente para esporte e lazer e ainda, ideal para aquele mergulho ao assistir ao pôr do sol. A praia é praticamente deserta e sem restaurantes ou bares, por isso, ao visita-la; leve sua, agua, seu suco, sua cerveja e seu petisco.

 

Curiosidade:

Caxambú é também um tipo de tambor em formato de barril, parecido com uma zabumba e que é usado no jongo e nos moçambiques que são danças típicas brasileiras.

A praia do caxambú é um lugar abrigado e portanto serve de abrigo para embarcações e pescadores.

Praia do Jurucuí

O Igarapé, o lago e a praia do Jurucuí (pó fino) é um dos mais belos cenários da região e se liga ao lago do mesmo nome. Separa-se do rio por um bosque frondoso e uma faixa de areia branca em forma de arco contrário a calha e a corrente do rio Tapajós. Por oferecer estrutura turística, é bastante visitado por famílias a procura de privacidade e lazer aliados ao conforto. O único restaurante, é gourmet e aceita reservas antecipadas.

 

Curiosidade:

Na margem esquerda, atravessando o igarapé, há um paredão de arenito e uma pequena gruta contendo um olho d’água o qual alimenta o igarapé e o lago.

No verão tanto o lago quanto o igarapé e o olho d’água secam, porém no lago, ainda resta um charco em que se pode nadar.

Praia do Pindobal

É uma praia lindíssima que se estende por cerca de 3,5km. Pindobal, além de infraestrutura turística com bares e restaurantes, tem também seu contexto histórico importante para o município de Belterra, uma vez que nela funcionou um dos três portos para a coleta e embarque de borracha no início do século passado. Ainda se vê parte do maquinário que está enterrado na areia e parte da estrutura de madeira do porto que está aos poucos se consumindo, dada as intempéries do tempo e a falta de conservação.

 

Curiosidade:

A praia de Pindobal é a única permanente no inverno.

 

O nome Pindobal se deve às inúmeras pindobeiras (attalea), que são grandes palmeiras, como o inajá-mirim (Attalea humilis) ou a bacaba (Oenocarpus discolor), as quais dão frutos redondos e que além de alimento, servem também para a produção de óleos vegetais.

 

O maquinário residual do antigo porto de Pindobal, era utilizado principalmente para puxar os navios tipo Lloyd, direcionando-os para o canal. O porto em si era versátil; tanto servia para atracação, reparo como para embarque.

Praia do Aramanaí

Uma enseada belíssima, rodeado por um igarapé lindíssimo e com infraestrutura turística de pousadas, restaurantes e bares. Aramanaí também é uma praia que permanece durante os meses de inverno (dezembro a maio) por possuir nichos tipo taperas que são barracas acima do chão. É possível se aventurar e relaxar tanto num mergulho de superfície no igarapé quanto no rio e de quebra, ainda ver o belíssimo pôr do sol enquanto se banha no rio tapajós ou curtindo um drink numa das cabanas suspensas do lugar.

É possível pernoitar na praia, tanto numa pousada quanto nos nichos a frente na praia. Basta conferir e acertar os preços durante a visita.

 

Curiosidade:

A comida é toda produzida no local; incluindo toda a verdura, tempero e o peixe, vêm da região

Praia Ponta do Maguari

A praia é um banco de areia branca de 3,5km que tem um lago com ligação direta com o rio, bem em frente a comunidade, igualzinho a Alter do Chão. Durante a estiagem, de maio a agosto, é possível caminhar na praia alagada por mais de 1km, desfrutar das arvores e fazer mergulho de superfície para acompanhar os cardumes de peixes que por ali passam. Maguary é o nome da segunda praia mais badalada e mais linda da região, e o melhor: praticamente deserta. Visitada somente por excursionistas de barco, lancha, ou ônibus

É distante e de acesso, quase difícil, por isso ser a paixão dos aventureiros. Na comunidade, há uma pousada e um restaurante que oferece alguma estrutura turística embora na praia, não haja nenhuma, apenas algumas palhoças para prover sombra. Também, atrativo da vila, a fábrica de “couro ecológico”, confeccionado com borracha e tecido de algodão que também é produzido na comunidade, são fabricadas sandálias; bolsas e uma variedade de utensílios. É possível visitar e conhecer todo o processo. Além disso tudo, a comunidade possui uma pequena loja onde são expostos e a venda, o artesanato, como os de sementes de morototó, açaí, olho de boi e tento além dos óleos vegetais colhidos pelos moradores da região, como o óleo de andiaroba, o óleo da copaíba, pelo menos 5 tipos de mel de abelhas brasileiras.

 

Curiosidade:

Maguari (Ciconia maguari) é o nome dado a uma ave grande comum na área alagada. Estes animais se reproduzem nesta região e pescam em toda área.

Após a trilha em Jamaraquá, os turistas fazem uma breve parada para mergulho e exploração na praia de maguari, antes de retornarem a Belterra, Alter do Chão ou a Santarém.

O couro ecológico é o resultado da amalgama entre a borracha liquida e o tecido de algodão. A partir deste processo, pode-se confeccionar o que quer que seja.

Alguns comunitários também produzem essências como o patchouli (pogostemon cablin), com a qual se fazem perfumes. Além desta, também produzem a essência do pau rosa, e com esta o principal fixador do perfume francês Chanel #5.

Igarapé do Jamaraquá

É a praia que segue a linha continental da comunidade de Maguari, fica logo depois da praia de Maguari, portanto, são gêmeas e com peculiaridades semelhantes. Jamaraquá tem um nome bem estranho, sem um significado específico mas facilmente identificável: a junção das palavras Jamará=tambor feito de madeira leve; pau escondido e quá=dedo, cuidado e é uma referência clara aos milhares de cedreiros (cedrus), ibirá ubá (pau de canoa); castanheiras (Bertholletia excelsa); pequiás (cariocar villosum) e pau d’arcos (Handroanthus impetiginosus) que se encontram no alto da serra e são por si uma riqueza para as próximas gerações. Há muito tempo, Jamaraquá funcionou como um lugar de construção naval para os indígenas que desciam o rio a procura de suprimentos para construção de suas canoas.

Hoje, a comunidade remanescente, conta com duas pequenas pousadas ou dormitórios, simples, mas confortáveis e também dois restaurantes, que oferecem comidas regionais local.

Há uma lojinha de artesanato em que são expostos e a venda a produção local de óleos vegetais e também mantas de látex já beneficiada e pronta para a exportação.

Jamaraquá oferece ainda, o serviço de guiagem florestal, no qual o turista pode contratar o serviço na comunodade para fazer um tour na selva e assim conhecer as inúmeras arvores e seu uso, tanto da medicina local quanto na construção naval e doméstica.

 

Curiosidade:

Conta-se que um português chegou ao Jamaraquá e encontrou uma índia perdida na mata; com ela se casou e assim formaram a comunidade como a conhecemos hoje.

Há pelo menos 300 anos havia uma tribo arara onde hoje se localiza o Jamaraquá.

Toda a região do Jamaraquá, desde as margens do rio e igarapés, são sítios arqueológicos e são encontrados todos os tipos de artefatos, desde muyrakitãs até cerâmicas de diversos períodos.

É possível fazer passeios de canoa, mergulho de superfície e relaxar nas praias de rio e igarapé de Jamaraquá.

Informações culturais do Rio Arapiuns

Rio Arapiuns

É o maior afluente do rio tapajós com cerca de 130km de extensão navegável. Na verdade o rio Arapiuns é bastante parecido como o rio Tapajós; por também se originar da junção de dois outros rios: Aruã e Maró, que são os dois afluentes principais, das dezenas, que alimentam a calha maior.

O rio Arapiuns se inicia na cachoeira do Maró ou Cachoeira do Aruã e desagua na Baía homônima, em frente a comunidade ribeirinha de Vila Franca. Sua maior fossa tem 48m de profundidade enquanto a largura, varia entre 4 e 7km.

O nome Arapium, deriva de duas palavras tupi, ara=ave pequena, aquilo que voa e pium=mosquito pequeno.

Geologicamente, o rio está com todos os ciclos de formação completos e é cerca de 8 a 10 mil anos mais antigo do que o rio Tapajós (150 mil anos). Isto faz com que suas águas sejam bem mais escuras e bem menos rica em peixes do que o rio Tapajós.

Suas margens estão calcificando num processo lento e demorado, o que significa que a quantidade de óxido de ferro seja bem mais elevado em seu ambiente o que faz com que a água do Tapajós se torne bem mais ácida ao chegar e encontrar o rio amazonas a 30km de distância.

O rio Arapiuns apresenta mais de 500km de praias, que se destacam por estarem nas margens ou em bancos de areias brancas no meio do rio; em sua maioria desertas e pouco exploradas pelo turismo, o que faz do rio inteirinho um amplo e inexplorado campo de aventura. Suas inúmeras vilas refletem como a um espelho a vida cotidiana preservada como a centenas de anos, no ambiente ribeirinho amazônico.

 

Curiosidade:

O leito principal do rio Arapiuns é rochoso.

Quanto mais se avança em direção a sua nascente, mais translúcida será a água.

Existem comunidades tipicamente indígenas em toda a extensão do rio.

Existem também comunidades mistas e mestiças de matriz africana; caboclas e indígenas.

Comunidade de Vila Franca

É uma das centenas de comunidades ribeirinhas do rio Arapiuns, porém, há uma peculiaridade que a torna única: ela está localizada tanto no sistema do rio tapajós quanto no rio Arapiuns; se localiza exatamente na confluência do rio Arapiuns onde ele desagua no rio Tapajós.

A comunidade de Vila Franca, se destaca por sua pujança e desenvolvimento. Há uma antena de telefonia de celular que denuncia a comunidade e que é o marco que nos oferece a certeza de estarmos adentrando no rio Aarapinuns. Esta comunidade foi fundada pelos portugueses e também cotada para ali se estabelecer a cidade de Santarém por estar na confluência do rio e oferecer matéria prima para construção, tanto naval quanto civil.

 

Curiosidades:

A ideia de se construir uma vila/cidade era principalmente de evitar invasões, já que os portugueses acreditavam haver uma outra saída do amazonas para o mar.

O nome Vila Franca significa vila que não se sujeita, que não cede.

Há, em vila Franca um cemitério Judeu. O primeiro de que se tem notícias na Amazônia.

Achados arqueológicos dão conta de que Vila Franca tenha sido habitada há mais de 11 mil anos.

Há, no museu de Santarém, um leme/remo semelhante aos viking enorme que data de 1.200 anos encontrado as margens de Vila Franca.

Vila de Urucureá

É uma das mais proeminentes vilas de todo o rio Arapiuns, haja visto que a sua organização

é bem diferente das demais vilas. Há uma parte da sociedade que trabalha exclusivamente com artesanato produzido a partir da palha de tucumã e outra parte que cuida das plantas com as quais se fazem as tintas com as quais farão a pintura dos trançados artesanais; outra parte, da agricultura e da conservação do ecossistema do entorno da vila. Um grupo de mulheres se ocupa em produzir trançados em cestarias; bolsas, calçados e mantas que são vendidas para lojas e casas de decorações.

 

Curiosidade:

Pode-se aportar em frente a vila principal, ou no lago da praia, uma enseada em forma de ferradura em que se contrata um guia e segue trilha acima até o centro da vila, numa caminhada de 45min.

Pode-se visitar as seringueiras e conhecer o processo de retirada do leite de seringa (látex).

Pode-se visitar o centro de artesanato e cestaria de Urucureá e conhecer todo o processo de manufatura.

Vila Coroca

Esta vila está localizada a 18km da entrada do rio e a sua característica principal é a vocação turística que começou com os primeiros exploradores do rio que ao avistarem o enorme banco de areia que se forma em sua frente, viram ali, um abrigo para as embarcações e também segurança para pesca e coleta de água potável. Hoje em dia, a vila tem 26 famílias que viram no turismo uma forma de agregar valor à preservação ambiental e a repovoação do rio com a criação de quelônios da Amazônia, primeiramente pensado para comercio e consumo mas que por falta de incentivo e mudança da lei, tornou-se uma atração a mais na visita a vila. Além das trilhas, há também um meliponário de abelhas típicas amazônicas (sem ferrão), e tudo a menos de 150m de distância do centro da comunidade onde se pode agendar um restaurante praiano e até dormitório, seja comunitário ou pousada particular.

 

Curiosidades:

É a vila mais visitada de todo o rio; primeiro, por sua localização: bem em frente a vila, está a praia mais badalada de todo o rio – A Ponta Grande do Rio Arapiuns.

A maior praia de rio conhecida em toda a extensão deste rio é a praia da Ponta Grande do Rio Arapiuns

Mais à frente está a praia da Ponta do Icuxí.

Ainda próxima a comunidade está a Praia da Ponta do Toronó.

Vila Anã

Entrando no rio Arapiuns a primeira vila a ser avistada é a Vila Anã. A época em que se explorava juta, malva e madeira na região, o lugar era um mini porto no qual embarcavam estes bens para serem vendidos em Santarém. Para se evitar roubos e saques, os ribeirinhos que ficavam de vigia, trouxeram suas famílias e ali ficaram estabelecidos permanentemente desde meados dos anos 40 do século passado. Sua população é constituída principalmente de 8 famílias que, na sua maioria, vive da produção de farinha de mandioca, caça, coleta, artesanato e pesca.

 

Curiosidade:

Em Vila Anã existem trilhas ligando igarapés e regiões de caça, que eram usadas a centenas de anos, primeiro pelos nativos e mais tarde, pelos fazendeiros; criadores de gado e madeireiros. Hoje, essas trilhas são usadas para caminhadas turísticas.

Anã possui um artesanato único feito a partir de fibras vegetais, sementes e côco.

Durante o período da exploração madeireira, malva e juta, o transporte destes eram feitos por canoas a vela, as toras eram arrastadas para o rio e depois atreladas às barcaças e cada viagem levava em média 2 dias e meio ou 3 dias até Santarém.

Uma família, na região, em geral, hoje em dia, é composta de 5 pessoas.    

São Miguel

É uma da inúmeras vilas do rio e que conta com a extrema beleza de suas praias, recheadas de inúmeras pedrinhas coloridas e algumas transparentes. A vila tem uma população modesta de aproximadamente 30 famílias, que em sua maioria, vivem da caça, pesca, artesanato, construção de barcos, agricultura familiar, e da produção de farinha de mandioca.

 

Curiosidade:

Diz-se que nesta vila se constroem as melhores e mais bonitas e resistentes embarcações de toda a região. As bajaras, que são as embarcações de madeira utilizada para transporte e recreio na região.

São Miguel também é chamada de Ilha de São Miguel, uma vez que toda a comunidade é cercada por pequenos rios e igarapés.

Tucumã

É uma pequena vila com aproximadamente 30 famílias que sobrevivem da caca, pesca, coleta e da produção de farinha de mandioca. Por possuir vários riachos e estes serem cercados por palmeiras de tucumã o local todo recebeu este nome.

 

Curiosidade:

A fruta tucumã tem 262 calorias; é uma fruta rica em proteína e sais minerais, além de conter fosforo, magnésio, cálcio, ferro; de sabor oleoso e salgado, e rica em vitaminas do tipo A; B1 e C.

Com o coquinho do tucumã se produz um óleo vegetal com o qual se produzem sabão e azeite de cozinha e ainda, o óleo de tucumã é utilizado na produção de lubrificantes; biodiesel para motores; carros e embarcações.

O óleo produzido pelo tucumã é excelente para hidratação dos cabelos e da pele, sendo uma potencial essência agregada a indústria de cosméticos.

Vila Arimum

É a primeira vila da margem esquerda do rio Arapiuns e também a primeira comunidade indígena da região deste rio. A vila consiste de cerca de 45 famílias que vivem da pesca, coleta de artesanato.

 

Curiosidade:

Ao contrário das demais vilas indígenas no rio Arapiuns, Arimum é a única considerada tipicamente indígena, uma vez que desde a formação da vila, nos anos 40 e 50 do século XX, já se considerava haver ali índios típicos.

Arimum tem o artesanato indígena mais autêntico de todo rio Arapiuns.

Pode-se fazer inúmeras trilhas, passeios de canoa, pesca artesanal, acampamento; visita às casas de farinha e acampar em Arimum, seja no centro da vila ou até mesmo na praia.

Vila Brasil

Uma das vilas mais tradicionais do rio Arapiuns por ter sua formação com casas comunitárias e suas plantações e roças distantes do centro, vila brasil tem sua organização voltada para a produção de mel de abelhas típicas da amazônia (sem ferrão), como a abelha mosquito e a tiquá, cujo mel são especificamente para indústria farmacêutica dado seu uso nas mais diferentes pomadas para doenças do trto respiratório. O artesanato também é forte no cotidiano da vila que pelo próprio nome já dá pista de sua aptidão na confecção de tecidos florais com motivos amazônicos.

 

Curiosidades:

A vila produz artesanato em tecido de chita bem característico.

Pode-se fazer trilhas de horas e até acampar nas matas que circundam a vila.

 

Há uma associação de guias mateiros locais que promovem caminhadas e dormidas na selva, com direito a hospedagem local e café da manhã no meio da selva.

 

Saída para banhos em rio ou igarapés da comunidade.

Informações Canal do Jari

É um canal que liga o rio Tapajós ao rio Amazonas, e se localiza em frente a curva, à 30km onde o rio Arapiuns desemboca no rio Tapajós. Esta ligação se dá por duas passagens; o furo do Sururu e a Boca do Jarí. O furo do Sururu é um pequeno e estreito canal que liga a calha do Jarí ao rio tapajós, bem na baía que fica em frente ao Carapanarí, o que economiza bastante tempo e combustível as embarcações vindas de Manaus e outras cidades a oeste. No alto verão (outubro e novembro), quando as aguas estão muito baixa, é possível caminhar pelo leito do canal do Jarí e sua extensão é de pouco mais de 17 km. Dentre as suas comunidades destacam-se as comunidades de São Francisco do Jarí; Bela vista do Jarí, Laranjal do Jarí e Arapixuna.

São Francisco do Jarí

É a primeira comunidade a partir da entrada pelo rio tapajós. Como em ambiente de várzea, a organização da comunidade é de fazendas de engorda para gado, já que nesse ambiente o gado pode ficar à solta no pasto e por ser mais barato, uma vez que não se gasta com plantio de capim.

 

Curiosidade:

No ambiente de várzea é possível fazer tours o ano inteiro, uma vez que os animais ficam alí durante o inverno, se pode fazer passeios de canoa durante o dia e focagens de jacarés a noite. O curioso e pitoresco de tudo, é que as canoas vão próximo a copa das árvores, o que possibilita uma maior proximidade e intimidade com os animais. A pesca pode ser feita da varanda das casas ou em troncos próximos aos currais onde se confina o gado no verão.

No verão, o passeio se dá a pé e é tão rico quanto no inverno, pois se faz as trilhas que o gado faz no meio da mata e a todo momento se tem uma surpresa: seja pelo encontro de uma ou mais espécies de macacos na região ou mesmo por ninho de ciganas que estão se escondendo na vegetação.

Sr. Edeval promove caminhadas e canoadas na várzea onde possibilita o avistamento de pelo menos 5 das especies de macacos da região, bem como pássaros raros como a mãe da lua, ciganas etc. Sr. Edeval também faz focagens e pesca artesanal na sua propriedade. Hospedagem, almoços a base de pato no tucupi, peixes e galinha caipira.

Bela Vista do Jarí

Também em ambientada em várzea, esta comunidade de casas dispersas rodeadas de lagos e pastos infinitos é lugar excelente para pesca de peixes de fundo e apreciação de aves silvestres como o gigantesco socó boi, gaviões de até 4 espécies, focagens de jacaré açu e tinga, que são os mais comuns na região.

 

Curiosidade:

Como a comunidade tem várias reentrâncias naturais, durante as focagens é possível também o encontro com o jacaré membeca e coroa que são mais raros e considerados subespécies por serem de menor porte.

Algumas famílias hospedam viajantes por até 5 noites e otimizam a hospedagem com as atividades típicas locais, como buscar capim pro boi que está na maromba, que é uma plataforma construída sobre o assacú para manter o gado confinado durante a cheia, a produção e armazenamento de queijo, recolhimento do gado e dar comida aos animais menores: galinhas e patos etc.

Laranjal do Jarí

Esta é a primeira comunidade estruturada permanentemente na várzea, para acessá-la se tem que atravessar uma lagoa de águas turvas e tranquilas recheadas de vitórias régias (Victoria amazônica) uma vez que se localiza no alto e em terra firme em que se produz frutas regionais como a banana d’água, a laranja de mesa e a tangerina mexerica da várzea.

 

Curiosidade:

A comunidade se localiza de frente para o canal principal e também, de frente para o leste, o que faz com que esta receba os ventos alísios de rio, o que faz com que seja extremamente ventilada de dia e muito fria a noite.

 Sinamôr promove almoços regionais regados a pato no tucupí, galinha caipira e peixes como o tambaqui, a pescada, a sarda e o tucunaré que são assados de maneira curiosa: embrulham o peixe em camadas de folhas de bananeiras e o enterram por até 40min, então, os desenterram e servem em pratos igualmente curiosos, folhas de japá com talheres feitos de ticum.

Dulce é uma oportunidade única em se aventurar e se deliciar, seja, na caminhada na várzea, na visita ao jardim das vitórias regias ou nos pratos feitos a partir das vitorias regias que são lindíssimos de se ver e deliciosos de experimentar.

Arapixuna

É a última vila no canal do Jarí, fica de frente para norte já no rio amazonas. Quem vem pelo rio amazonas, vê facilmente a igreja e a escola da vila que são bem destacadas na paisagem e também pela vila ficar no alto; outra coisa que se destaca é a escadaria que conduz a praça principal da vila com mais de 180 degraus pintados de branco e azul. Arapixuna tem uma população de cerca 120 famílias que em sua maioria tem na agricultura familiar, fabricação da farinha de mandioca e derivados, plantações de laranja Salustiana e de mesa e na criação de gado de corte sua maior fonte de rentabilidade.

 

Curiosidade:

O festival da laranja de Arapixuna acontece em agosto todos os anos.

A ferra do gado em Arapixuna acontece em fevereiro e em Agosto.

Todos os anos tanto o festival da laranja quanto as ferras de gado são comemorados com grande festividade e campeonatos de futebol.

Os inúmeros visitantes que vão participar do festival, geralmente fretam barcos que também serão a hospedagem e o restaurante.

Informações dos principais peixes da região.

Pescada

É um peixe de carne esbranquiçada, fibrosa e muito saborosa; muito apreciada na culinária local. Também é muito cobiçada por exotéricos por sua crença de que a pedra que se localiza na cabeça do peixe, tenha poderes energético e curativos.

Matrinchã

Também é uma peixe bastante apreciado na culinária local por seu sabor, tamanho e fácil captura, uma vez que são peixes de cardume fazem do pescador, um homem de sorte pela quantidade de pescado.

Existem doze espécies de tucunaré (Cichla ocellaris) em todas as bacias de rio do Brasil; cinco delas estão catalogadas na região amazônica. As mais comuns são: O tucunaré piranga e tinga; sendo que o tucunaré piranga tem cores acentuadas verde-avermelhado enquanto o tinga, cinza-esverdeada e amarelo; sendo que em todas as espécies o dorso é verde bem acentuado, parecendo preto. O tucunaré é o peixe esportivo mais cobiçado do mudo por ser um peixe brigador e por vezes se fingir de morto ou cansado para poder quebrar a linha e fugir com anzol. O peixe em si, chega a pesar até 20kg, mas já se pegou tucunaré de 45kg.

Filhote

É o nome da piraíba quando ainda é jovem. Ao chegarem a fase adulta, chegam a 2,5m e pesam mais de 300kg. Aqui na região também chamam de peixe liso, por sua couraça não possuir escamas. É um peixe de fundo sem grande poder de luta, sua maior defesa é grudar-se no fundo do rio ou esgueirar-se entre galhos e pedregulhos. No geral, não oferecem grande resistência ao serem capturados. Na culinária são preferencialmente apreciados quando feitos no escabeche ou guisado no molho de tucupi.

Tambaqui

É um dos gigantes do rio, podendo chegar a 65kg e 1,5m de tamanho. Sua boca tem mandíbulas fortes e dentes perfilados semelhante ao de uma boca humana. São peixes pesados e espertos, podendo arrastar facilmente a canoa do pescador e render grandes batalhas. Vivem em cardumes, quando menores, de até 6 indivíduos, e na idade adulta, são solitários. Bastante apreciados na culinária local por ser um peixe de fácil consumo, poucas espinhas e carne macia e abundante. A cabeça do tambaqui também tem bastante carne e gordura o que faz essa parte do peixe ser disputada ao ser posto a mesa tanto em caldeiradas quanto assado ou guisado.

Surubim

É um peixe malhado, de fundo de rio. Também é peixe liso, semelhante ao filhote e a piraíba.

Pirarucu

É um peixe pré-histórico de carne avermelhada da amazônica. Sua carne bastante parecida a carne bovina é apreciada na região e no mundo. Sua respiração é pulmonar e portanto, fora d’água; o que facilita a sua captura. Pode-se consumir a carne de pirarucu de todas as formas; tanto em caldeiradas como frito, no escabeche ou assado.

Boto/Uiara

É um animal que se adaptou a vida aquática de água doce durante a formação da Amazônia há 8 milhões de anos. Das três espécies existentes no brasil, duas estão na Amazônia e uma na bacia do rio Tocantins e Araguaia.